Cantos benditos


Eu te creio em vista posta
Digo em noite permeio
Pra falar-te o que me mostra
Minha mente em devaneios
De juntar-me a você, gosta.

Me importo em te revelar
Os detalhes do meu sonho
Que tão puro e verdadeiro
Sobre minha realidade ponho

Mesmo não sendo o primeiro
Conto em duo sonho a sonho
De um pobre cancioneiro
Fugindo do que é medonho

Traçando verso a verso
Um presente paralelo
Num futuro certo errante
Forjo os passos do amante


Daquele que está falando
E agora tu podes ouvir
Que tão bem te quer estando
Louco pra ouvi-la sorrir
De dentro pra fora ser felicidade
Pronta para explodir
Espalhando tamanha bondade
Que só compreende o porvir

Para assim concertar este pobre mancebo
De  tão difícil arrepender
Fazendo-o até acordar cedo
Para  o amor compreender.

Então de lágrimas não se farte
Pois assim farei o mesmo
Haja em grande felicidade
Pra que passe este desespero

Que parte da insegurança
Presente  em longes lugares
Que não há em nossa herança
Mas que entristece por pesares
Toda e qualquer lembrança

Sonhe esta noite e assim farei
Todos os dias, dia após dia
Contigo me unirei
E também eu cantaria
Como nunca antes cantei

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